Hoje finalmente, lá me levaram a um piquenique! Eu merecia. Acho…
Ainda me diverti a dançar Marrabenta e tudo! E fartei-me de rir com os predicados do animador do evento dos vizinhos lá de baixo.
Não fiz muita batota mas acabei por ganhar a jogar ao nóninó melga!
Esta vitória dedico-a aos meus pais, aos meus amigos e em especial ao meu cão que anda lá longe e à cadela que se lembrou de estar coxa e chata!
Tudo correu bem até a altura que senti um olhar espetado em mim.
Quando me voltei era ela.
Uma árvore enorme de cor pardacenta que teimava em querer falar comigo. Não resisti e fui ter com ela.
Acabei deliciada a ouvir as histórias dela e desliguei-me por momentos do grupo dos 7.
Tive alguma dificuldade em ouvi-la. Pedi-lhe que falasse pausadamente. Assim, acreditei eu, conseguia registar tudo mesmo não tendo levado o meu mini portátil.
Fui fiel confidente e prometi divulgar.
Entre muitas outras coisas ela falou-me sobre a Rapariga Verde.
Era uma miúda normal e um dia ao acordar de manhã acordou verde.
Isso mesmo. Toda mas toda verde!
A pele era verde. O cabelo era verde. Os olhos eram verdes. Até o sangue ficou verde e o coração uma massa verde com cablagem toda verde.
Andou uns dias assim. Os amigos acharam graça e gozaram com ela. Ela ria-se e soube-lhe bem ter mudado de cor e ser diferente.
Com o tempo os amigos começaram a estranhar. Um a um foram afastando-se e a inventar desculpas coloridas.
A rapariga verde, de tão verde, ficou verde desesperada.
Quanto mais só mais verde ela ficava.
Um dia, olhou-se ao espelho e já não estranhou. Andava verde com borbotos verdes no cabelo. Aos poucos acabou por florir. Mais tarde cresceram-lhe ramitos na cabeça e o cabelo verde deu lugar a ramos.
Na paragem, enquanto esperava o eléctrico, passou um cão. Deteve-se. Cheirou-a. Levantou a pata e fez uma linha fina de chichi pela perna dela.
Nesse dia, já não foi trabalhar. Ao meio-dia nasceu-lhe a primeira maça. Ao fim da tarde o corpo dela deu lugar a um tronco e os ramos estavam apinhados de maças verdes riscadinhas.
Por sinal cheiravam bem, a maça.
Esta é a história da Rapariga Verde que uma árvore de Monsanto me contou.
Gar
(aposto que agora sim, ficam verdes e não voltam mais!)
6 comentários:
ahh..pois.....
rapariga verde?????????? looooooool
uhm... será que, depois das vacas loucas e da gripe das aves, vem aí uma nova epidemia sob uma forma desconhecida de ictrícia?
e a árvore, q te avisou, mais não era que um profeta disfarçado?
Apesar do doce aroma da maçã verde-riscadinha, o seu travo não conseguia dissimular que o verde da árvore progenitora empalidecera!... não sei se pelo tédio da monocromia, se pela solidão da floresta, ou ainda o alheamento que lhe secava a seiva...
Raizes na terra, ramos a apontar o céu!... nunca a verticalidade assumira forma mais sublime!... porém, a postura causava-lhe a inquietude transferida agora no travo dos seus frutos.
Esta é a história que me contou uma maçã verde-riscadinha.
Bjs
Pipinha
Anónimo
Ah pois tá bem?
:p
Gar
tagarelante
lol
ó mulher ictricia põe as raparigas amarelas não verdes!
A arvore que me avisou era lindona e dá abraços gostosos isso sim!
Beijos
Gar
Pipinha
tás a ver... mais valia comer uma maça que chocolates! hei?
:)
beijos
Gar
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