sábado, maio 12

Não tenho escrito porque fui à LESBOA...

... e se eu fosse assim a modos mais sensível até que podia ter ficado traumatizada!
(refiro-me física e psicologicamente claro!)

Aqui em Alcagoitas de Cima (aldeia más gay de Portugal), já todos sabem que no sábado dia 5 fui a Lesboa… eu lá ir fui… demorei foi a chegar e a refazer-me da coisa!

Telefona-me uma Joana, moça que muito aprecio a convencer-me , “Ouve lá é desta que vamos ver a Lesboa? Já vai na 4ª edição e nós nada! Assim ainda morremos estúpidas!”
- Pois, vamos sim senhora – Eu convencida sem demais conversas até porque já sabia tudinho. Uma tal Èzégale ia lá tocar acompanhada da mana ao violoncelo.

E assim foi… no dia do preparo lá me amanhei, até tomei banho e pentei-me toda!

Fomos cedo que queríamos um lugar à frente do palco que eu sou caga tacos e já ando a precisar de óculos.

“Ai que engraçado isto é num barracão”, disse eu para a Joana e para a Maria, ao que fizeram o favor de me mandar calar… dado a fama que tenho (injusta!), de ser má-lingua! (Garanto que até hoje ninguém no final pediu o livro de reclamações pelo contrário até já ouvi um “foste muito competente carrago!”, blá blá blá…)

Tivemos numa mini bicha (não se diz fila nestas coisas gay) e aproveitei fiz um amigo! Um Negão gostoso que estava de segurança… sou Lés mas não sou ceguinha!

Ou melhor… sou capaz de ser, pois logo na entrada ia-me espalhando.
Só depois percebi que estava as escuras e o chão não era direito!

Bem ia tão excitada para ver o palco que quase…. Quase quase não via os plásticos das bolinhas dependurados…
Aii que bom pensaram em tudo até nas bolinhas pá malta não ter stress!

Percebi logo porque… assim que olhei para o palco, aliás, para ser sincera demorei a encontra-lo, além do barracão ser grande e às escuras o palco era do tamanho da minha casa de banho.

Se me tivessem pedido não me importava nada de emprestar o tractor da família!
Sempre as amaricanas ficavam no alto e a malta podia vê-las melhor.
Também se pedissem com jeitinho até umas mantas e umas cobertas de rendinhas lhes emprestava. Sempre era um palco mais pitoresco e à altura do evento!
Ora altura nem largura lhe faltava. A modos que não estou a ver isto dos eventos Live… mas pronto! Cada um monta o palco que quer!
Na volta as artistas não eram grandes… mas amaricanas nunca se sabe não é???

Ai se não fosse os plásticos das bolinhas tinha apanhado uma seca… lá fui furando com o dedito meia dúzia delas… sempre aliviava… até porque apetecia mas garanto que não me aliviei nada… é que sendo do campo estou habituada a regar as plantas ao relento e não me conformei ao ver as oito caixinhas verde da taparuere alinhadas lá no quintal do barracão.

Era os mijatórios! É pá esta organização pensa em tudo! Até pensou em colocar o carrinho dos cachorros assim a modos que distanciado, para que não houvesse tentações em ir pedir o papel dos cachorros para ir às caixinhas sem luz.
Grandes badalhocas! Façam como eu!
Gaja que é gaja leva sempre o seu dódotezinho no bolso!

Para a próxima sugiro que ponham um um sistema de fila electrónica com mostrador led e tickets, assim a malta tira o ticket e vai vendo os números a passar e o tempo médio de espera para poder mijar-se toda às escuras dentro dos plásticos.
Acho que é mais civilizado do que ver aquelas filas enorme a encaracolarem no quintal!

Pronto! Na hora marcada as amaricanas subiram às paletes e…. grande surpresa!
Essa é que gostei… a do cabelo no ar atacou no instrumento… a malta acercou-se, foi-se aproximando já estava tudo convencido que ia haver strip quando a outra desata a tocar no giradiscos.

Que bem que as gajas cantavam em play back!
Isto sim… são artistas!
O mulherio embasbacado a olhar e elas a conversarem entre si estupefactas porque a malta não dançava!

Eu percebi logo! As amaricanas eram primas do José Freixo, da família do Donaltim, não precisavam de abrir a boca para cantarem!
Artistas como estas nunca tal houvera visto!

Ora a malta não dançava porque???

Eu explico… eu por exemplo sofro dos artelhos… não podia arriscar pôr-me ali aos saltos e ainda podia fazer uma entorse!
É que o chão era daqueles modernos, abrasivo, corrosivo e o mais tecnologicamente indicado para danças de salão! Estão a ver não estão???

Tirando estes pormenores, eu até que gostei.

Gostava de me ter encontrado com algumas pessoas mas não deu! Não levei lanterna de bolso!
E depois mesmo que as encontrasse não ia perceber nada do que me diziam… o som era dos melhores dentro do género...do género barracão espécie de garagem à anos 70.
Dizem que eram umas festas curtidas e tal… refiro-me às das garagens…

Com isto tudo o tempo foi passando… eu decidi ali mesmo ter um festival da otite na orelha mas próxima de mim e não fosse a miúda gira que na bicha das senhas me avisou que beber água faz sapos esta coisa da lesboa não tinha tido tanta graça!

É que a malta ganha pouco mas para o que nos divertimos… até que não tá nada mal!
Por 15 euros por cabeça eu prometo organizar um evento digno para todas as Lés sejam boas ou más…

Pensei num festival de karaoke… hein que tal???

Porra inscrevam-se já!
Preciso de assistentes e colaboradoras!
Não sei se hei-de pôr isto entre virgulas se entre aspas…

3 comentários:

Wonder Woman disse...

Brilhante! Já me ri que me fartei!
Pró evento a organizar inscrevo-me já! Pra colaboradora e assistente (sou muito versatil), canto lindamento em playback, e com a luz (in)certa tenho uma presença em palco invejável!So nao consigo fazer 2 coisas ao mesmo tempo (ser colaboradora/assistente e cantar/e ter presença), enfim a malta tem talento mas não muito (que pa nao ofender ninguem)

Mar da Lua disse...

Meu more mai lindo. Numa festa organizada por ti até me mascaro de bélsbica se for caso disso LOL.
a ser um festival de karaoke hum...só se prometeres cantar os parabéns a voce em servo-croata, pode ser? vá lá...sim sim.
Eu quero ser colaboradora, bartender, assistente de palco, relações publicas e senhora da limpeza. Olha a poupança em custos de produção.

Garamond disse...

Mar... não me desafies que organizamos mesmo!

Pensa nisso...

Bj

Gar