quinta-feira, dezembro 29

Minha amiga clar(a)idade

Despenteei-me toda, como se fosse tudo
o que tinha a pensar, em pensamentos
daqueles que imaginamos ter
quando a saudade cresce.

E os meus cabelos, outrora lisos hoje revoltados,
são como as águas do teu mar.

Por aqui perdida, nesta ilha sem horizonte,
semeio amores-perfeitos
enquanto amanheço à tua espera.

Para que saibas de mim,
mesmo que tal não te importe,
pinto o sol de amarelo
e no céu deixo tintas de azul.

Quando voltares estarei por demais
despenteada de tanto pensar em ti.

Gar

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