Falam muito...

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Encontraram-se por acaso.

Se houver acasos que não sejam mais que lançar de dados de uma nuvem alta, então o caso delas foi uma parada alta de múltiplos de seis.

Passavam de olhos brilhantes por entre pares, caminhando a dez cm do chão, como que erguidas pela maior das forças anti-gravitacionais.

Não precisavam de dar as mãos, porque não são as mãos que unem essências livres. Só a coerência e as palavras ditas no minuto exacto, curam e unem o que sempre nasce de uma relação. Elas sabiam a medida exacta do que as aproximava .

Foi então que, por momentos, viajaram juntas saboreando pele e mistérios de cicatrizes duras.

Lambendo as feridas sabemos muito mais do outro do que histórias contadas como paragonas do jornal das nossas vidas. Foi fácil originar na simplicidade do dias.

Depois veio a agitação. Os comentários de quem fala vendo sem nada olhar.

A idade, a forma que os corpos assumem, os pensares perante a vida, a conta bancária a medir o sucesso, o curso, o carro, a roupa, as histórias mais antigas tudo é pedra arremetida por entre vidros de marquises de aluminio.

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Não se elogia o amor e a felicidade, o estar bem do outro(s).
Alimentamos somente a vaidade insaciável, a inveja e o despudor de julgar quem passar ao nosso lado de mãos dadas, mesmo que por mero acaso, alegando cumplicidade.

Sorrio sempre quando ouço alguém comentar negativamente a relação de outrém.

Descobri assim que tenho sorrisos de desprezo e que consigo sorrir pela pior das razões.

Um dia torno-me cinica demais, tão mais que temo virar céptica!
Já me falaram que quando isto acontece somos então grandes.

Não vale a pena crescer, assim não vale! Digo eu…

NOTA EXTRA MENTAL: Post publicado após reflexão sobre a discriminação que a Insaciável tanto fala no blog dela! Não voltar a falar de coisas sérias aqui... nem pareço eu! Irraaaaa