segunda-feira, outubro 22

paixão reflectida na chávena de café


De manhã, ao tomar café, lembrei-me que tinha saudades de fazer amor contigo.

Levantei-me e ao acender o cigarro, lembrei-me porque não me apetece fazer amor contigo.

Quando passava a louça pela água, lá percebi que não era contigo que queria fazer amor.

Abandonei a cozinha a sorrir.

Não é todos os dias que percebemos o porquê de não nos apaixonarmos e mesmo assim sorrir tranquila.

Sabe-me bem a invisibilidade e os TU que me povoam. Sabe-me bem esta ausência e não ter que me repetir em explicações.

Pairo por cima de cabeças de mulheres e em nenhuma me apetece entrar.

Pressinto que sabe melhor entrar suavemente pela pele de uma mulher quando esta abre os braços.


E se tiver a pele seca, será que se rasga?

3 comentários:

Sabina disse...

UI... profundo..

Beijos

Anónimo disse...

Depende; rasga-se se ela quiser:)



Umbra

Garamond disse...

Umbra... e se ela não quiser?

hei???