Sobre a mesa ainda
restam pedaços de nós espalhados.
O último beijo espreita
por baixo da toalha amarrotada
e há gotas de carícias
a pingarem dos copos.
A janela aberta
deixa passar a brisa
e ao longe o mar
sussurra nomes [de mulheres].
Só, a cadeira mantém-se distante.
Crepita de saudade pelo teu colo.
Na minha boca, de vez em quando,
saboreio o gosto que o teu sexo me deu.
Depois cansada, a minha língua adormece
dormente de imperfeição
e porque te esquece definha.
[Onde andas?]
Já choveu e a flor verde à janela
acabou por morrer de sede.
[Não tenho ideia de a regar]
A minha sobremesa [preferida]
foi o teu peito desidratado na paixão.
Gar
2 comentários:
Que perfeito..
LIndo poema..
Lindo mesmo.
Amei.
beijos
Pois... é quando se emprega essa palavra (lindo) que eu percebo que posso deixar a poesia em paz, que nao digo nada de novo! Bahhh
bj
Gar
Enviar um comentário