domingo, julho 3

Há coisas que não percebo,

mesmo descontando a minha “pseudo lourice”.
Uma delas tem a ver com o culto de Lesbos levado ao extremo.
Não me detenho sequer na filosofia do nasci lésbica ou tornei-me lésbica.
Falo do culto de modelos que algumas insistem e persistem em endeusar.
Modelos há muitos… mas endeusa-los?
Referencias de actuação ou de vivências?

Desalinhada como sou (do contra como vulgaris modus me chamam, lol)
recuso-me a seguir regras ou conceitos estafados dentro do out que se tornou in.

Uma coisa (entre outras) me parece correcta, amiúde vejo na rua raparigas despreocupadas, francas numa saudável atitude descontraída, de mãos dadas caminharem, se abraçarem, partilharem mimos…aquilo que gerações atrás seria impensável.

Muitas delas a naturalidade não tem a ver com o assumir de uma opção sexual dita alternativa, é apenas uma demonstração de carinho ou podendo ser mais que isso aponta aquela via da pessoa que gosta de outra pessoa.

Estou a gostar desta geração que tem sótão mas não macacos. Bem sei que houve outras que se esforçaram, se envolveram, foram penalizadas, ostracizadas, discriminadas… é tempo (aquele da era do Aquarius) de fazermos a paz com a vida e na volta com os mitos e os preconceitos.

É que preconceitos, caras ouvintes, está este mundo lésbico e o outro cheio!

Só isto… para dizer que não tenho heroínas, e que apesar de gostar de ilhas sou contra isolamentos…engenharia de pontes entre pessoas faz mais o meu estilo!

Que coisa esta… hoje deu-me para filosofias. Influências do cafezinho da tarde, com os ouvidos destapados!

Continuo a estranhar apenas uma coisa… a minha namorada ser lésbica!
:p

4 comentários:

Anónimo disse...

Na verdade, toda a essa divagação parece-me muito non sense. E sempre tão fácil escrever, de confidenciar, mas os gestos, revelarem-se, esses têm quatro amarras, isoladas, a um porto que não se compadece com o peso dos anos e nem com "engenharia de pontes".E ao ler essa despedida clandestina na casa de banho e o toque do olhar numa mão, faz-me sempre pensar numa prisão que se fecha sobre si mesma, essa é das piores.

Anónimo disse...

esta não entendi nada!...
Tu pseudo, pseudo lês mais do que escrevi...

Anónimo disse...

É sempre limitador ou castrador, alguém se cingir a uma comunidade com a qual se identifica e pela qual se sente maior protecção. Acaba por funcionar como um amparo ou um refúgio em relação a algo que não nos integra ou em relação a algo em que não nos conseguimos integrar.

São as "auto-limitações de gestos" dessa realidade clandestina que traz isso a boa luz e que, tal como dizes, Zibl, magoa. Quer do out para o in ou vice-versa, acaba por ter sempre apenas e somente um sentido: um pequena prisão interior que se fecha sobre si mesma.

As "referências" de que falas, 7, os tais "modelos", são fruto de um contexto social, de uma época que determina certas "vivências" ou não. Gerações anteriores foram ,naturalmente, mais vitimizadas do que as de hoje em dia, embora ainda existam alguns entraves.
O que é curioso é que a naturalidade de um gesto, actualmente, está mais refreada pelos próprios círculos ditos "alternativos" - divirto-me sempre com estes termos -, já estigmatizados, do que propriamente pelos que "olham de fora".

Mas tudo tem um tempo. Um tempo para nascer, um tempo para se esconder e um tempo para se revelar. O resto, são opções.

Garamond disse...

entendite "pseudo" *******

agora entendi tudinho (dassse sou mesmo loura burra!)